Sono, sonhos, líquidos, comida
culpas e a “falta que me dá ”
Sono, sonhos, líquidos, comida,
culpa e eteceteras

… que correm nas veias,
entre beijos, abraços e todo
calor desconfortável,
não de todo assim, insuportável.

…Pois resolvi fingir
e deixar pra lá.

Música pra ouvir, pra cheirar
pra injetar e
até um supositório enfiar

palavrões e paixões espalhadas
frustradas, empaladas…e falsas.

Paixões enlatadas, mas que ainda
reviram os olhos, borboletas no peito
e todos os poros, que se arrepiam...
um por um.

Todos os poros
possuem o aval da Beleza
se de fato assim for como se diz:
"filhas da Deusa".

Verdades e mentiras que
me são ditas o tempo inteiro…
e eu presto atenção
e sorrio elas...

atenção ao meu corpo presente
fato presente eu… meu…
minha poesia, MEU amor
meus olhos ausentes e presentes...

... a quem encerrará o turbilhão
constante da vida? Será mulher?
... será a morte?

fechará os olhos comigo
dormindo rente ao meu
corpo retalhado, fragmentado
picotado em poemas e manias.

E eu farei juras
e prometo FINGIR muito bem...
e jamais serei só mais um

... serei bem mais… e ainda mais
e ainda mais um adiante de outro,
e outros, e outros…

exaustivamente DELA.
Mortalmente...

como câncer malígno
espalhado, espalhado, em papeis
de caderno ou cartas de amor e ódio

pedaços de mim...
nela... espalhados.