Entre a morte e o manicômio
Eu sou teimosa e possessiva.
Mas não sou maliciosa.
Talvez um pouco impulsiva;
Porém não sou escandalosa.
Posso já ter sido permissiva,
Mas nunca fui inescrupulosa.
Eu sou humana e imperfeita,
Sei que já errei e não o nego.
Já humilhei e fiz desfeita,
E essa culpa eu carrego.
Se hoje eu vivo insatisfeita,
É meu espírito que está cego.
Mas da minha fé eu não desisto;
Ela é o que me põe mais forte.
Graças a Deus ainda persisto;
E NÊLE há quem me conforte:
Mas não sei porquê ainda insisto;
E volto à encruzilhada da morte.
Eu não renego a minha religião.
Nem faço apologia ao demônio.
Digo que já fechei meu coração.
Mas não sou contra o matrimônio;
Se por amor já perdi minha razão;
Devo ir morar num manicômio?
Adriribeiro/@adri.poesias