Entre a morte e o manicômio

Eu sou teimosa e possessiva.

Mas não sou maliciosa.

Talvez um pouco impulsiva;

Porém não sou escandalosa.

Posso já ter sido permissiva,

Mas nunca fui inescrupulosa.

Eu sou humana e imperfeita,

Sei que já errei e não o nego.

Já humilhei e fiz desfeita,

E essa culpa eu carrego.

Se hoje eu vivo insatisfeita,

É meu espírito que está cego.

Mas da minha fé eu não desisto;

Ela é o que me põe mais forte.

Graças a Deus ainda persisto;

E NÊLE há quem me conforte:

Mas não sei porquê ainda insisto;

E volto à encruzilhada da morte.

Eu não renego a minha religião.

Nem faço apologia ao demônio.

Digo que já fechei meu coração.

Mas não sou contra o matrimônio;

Se por amor já perdi minha razão;

Devo ir morar num manicômio?

Adriribeiro/@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 22/12/2020
Reeditado em 28/12/2020
Código do texto: T7141222
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