Desespero

Assola me o medo, desesperado que estou,

Que este tormento, não pare para onde eu vou.

A mente fraqueja, num dia a dia em que só quero desaparecer,

Na torre da igreja, já nem os santos me estão a ver.

Desespero de dias de dor, agravadas pela tua reacção,

Não mereço as chapadas, que me tens dado sem mão.

Só quero fugir, desta prisão,  desta vida de ilusão,

Ir para bem longe, onde nao dão cor ao alcatrão.

Perdoa as minhas fraquezas, eu não sou o guerreiro que tudo carrega.

Perdoa a a minha alteza, no anseio de quem me leva.

Sois todos almas neste momento,

Estais livres, aproveita o sentimento.

Vou voar para longe, abraçar outro lugar,

Pior do que isto não deve magoar.

Vou ser lucifer, no destino que para mim houver,

E na cabeça da fenix eu vou renascer.

Jose Pina , 17 Dezembro 2020, Campelos, Portugal