Estranha canção de ninar
Insone, gasto as horas sobre a cama
a espiar a lua da janela.
A noite dá realce à luz da vela,
que a brisa da paixão atiça a chama.
Meus olhos, ora escravos das pestanas,
teimam em dar visão ao sofrimento.
O sono me escraviza o pensamento
e torna a vigília desumana.
Acorde de fadiga e depressão
ensaia o estribilho da canção,
que um dia eu sonhei houvesse feito.
Hoje tenho na noite a cicerone
que me vela a lembrança e, insone,
embala a dor do mundo no meu peito,
a ninar um amor que não tem nome,
por conta de uma dor que não tem jeito.
Insone, gasto as horas sobre a cama
a espiar a lua da janela.
A noite dá realce à luz da vela,
que a brisa da paixão atiça a chama.
Meus olhos, ora escravos das pestanas,
teimam em dar visão ao sofrimento.
O sono me escraviza o pensamento
e torna a vigília desumana.
Acorde de fadiga e depressão
ensaia o estribilho da canção,
que um dia eu sonhei houvesse feito.
Hoje tenho na noite a cicerone
que me vela a lembrança e, insone,
embala a dor do mundo no meu peito,
a ninar um amor que não tem nome,
por conta de uma dor que não tem jeito.