Medo

Ele me limita,

E sinto que me persegue,

Ele destrói a esperança,

Destrói sonhos,

Traz a sensação de ameaça,

Transforma algo durador,

Em finito, breve.

Desenvolvido em gabinetes,

Dos senhores da covardia,

Que se protegem atrás de ternos,

Isolamento,

Imunidade que no Brasil,

Anda distorcida.

Querem o povo na rua,

Protelam a vacina,

Usam do jogo político.

E a mentira,

Virou epidemia.

Fazem pouco da ciência,

Quem cura é religião?

E a economia querem atrelada,

A semi escravidão.

Querem o povo sem máscaras,

Ônibus cheios,

São empreiteiros de obras,

Onde a função é exterminar,

Com o povo brasileiro.

E essa passividade é que me espanta,

Negacionismo,

Que já tirou de mais de 180 mil,

A esperança.

Não acreditam na vacina,

E acreditam na cura?

A opinião de um não especialista,

Vale mais que cientistas,

Que estudam, se arriscam,

E se dedicam,

Para dar chance de cura futura.

Famílias se desfazendo,

Sem bases,

Nem estrutura.

Os hospitais andam cheios,

Sem vagas,

Na rede pública.

O ódio anda crescendo,

E também,

As sepulturas.

Sem voz vamos morrendo,

E quem tem voz,

Não escuta.

Apelo para aqueles que têm representatividade,

Artistas,

Famosos,

Celebridades.

Usem sua voz em favor à verdade,

Pois aqui embaixo o perigo,

Molda nossa realidade.

Charles Alexandre
Enviado por Charles Alexandre em 16/12/2020
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