Medo
Ele me limita,
E sinto que me persegue,
Ele destrói a esperança,
Destrói sonhos,
Traz a sensação de ameaça,
Transforma algo durador,
Em finito, breve.
Desenvolvido em gabinetes,
Dos senhores da covardia,
Que se protegem atrás de ternos,
Isolamento,
Imunidade que no Brasil,
Anda distorcida.
Querem o povo na rua,
Protelam a vacina,
Usam do jogo político.
E a mentira,
Virou epidemia.
Fazem pouco da ciência,
Quem cura é religião?
E a economia querem atrelada,
A semi escravidão.
Querem o povo sem máscaras,
Ônibus cheios,
São empreiteiros de obras,
Onde a função é exterminar,
Com o povo brasileiro.
E essa passividade é que me espanta,
Negacionismo,
Que já tirou de mais de 180 mil,
A esperança.
Não acreditam na vacina,
E acreditam na cura?
A opinião de um não especialista,
Vale mais que cientistas,
Que estudam, se arriscam,
E se dedicam,
Para dar chance de cura futura.
Famílias se desfazendo,
Sem bases,
Nem estrutura.
Os hospitais andam cheios,
Sem vagas,
Na rede pública.
O ódio anda crescendo,
E também,
As sepulturas.
Sem voz vamos morrendo,
E quem tem voz,
Não escuta.
Apelo para aqueles que têm representatividade,
Artistas,
Famosos,
Celebridades.
Usem sua voz em favor à verdade,
Pois aqui embaixo o perigo,
Molda nossa realidade.