A prisão do poeta
Marcos Barbosa
Um dia um poeta
andando pela rua
a polícia o prendeu
Assim mesmo a polícia
que ao poeta deteu
no momento em que pensava
em sua doce amada.
O poeta calmamente
aceitou a voz de prisão.
Mas fez barulho e pediu ao povo
que levassem o caso pra televisão.
Assim, o povo sabendo
logo iam defende-lo
como em outra ocasião.
Mas não o levaram pra cadeia
e por incrível que pareça
no Paiaguás foi parar.
Mas senhor governador...
o senhor mandou me prender?
Parece que V.Excia ainda não entendeu?
que não sou mais
adversário teu?
Governador, você não tem consciência?
Sou um simples jornalista,
poeta e escritor...
Eu não tenho mais Partido
e não devo ser temido
porque sou o poeta do amor.
E os soldados disseram:
Foi tudo uma brincadeira
do Senhor Governador.
Marco Aurélio, é o seguinte,
disse Sua Excelência:
- Fui muito bem informado
que você faz uns poemas
que leva o povo a parar
pra ouvir seus recitais.
Não queira V.Excia.
proibir minha poesia...
se não tem consciência
desta minha independência...
Só eu posso me libertar!
- Calma moço, não é isto
que eu quis dizer.
Já que não publica livros,
mandei traze-lo aqui
para que o meu governo
possa ouvir os seus versos.
- Não posso negar os meus poemas
a nenhum solicitante
e espero que eles venham
inspirar seus assessores
em todas as decisões
e possa assim contribuir
pra evitar injustiças e corrupções.
Por isto proclamo o amor,
que tem direito a todos os louvores.
Várzea Grande27/02/1985
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O escritor e jornalista Marcos Barbosa vai a publicar outros livros no formato tradicional, versão impressa e continuar a coleção UNI-VERSO E PROSA DE MARCOS BARBOSA.
Com quase trinta mil leitores no Recanto das Letras, criou coragem e lançou a campanha PASSANDO O CHAPÉU.
Os três livros de bolso, foram vendidos inicialmente nas bancas centrais de Brasília e em algumas bancas de revistas das capitais do país, a R$ 5,00 apenas, para atingir também aos trabalhadores de baixa renda.
Os contos publicados pela editora Ícone de Brasília são: A MORTE DO SOL E O BURACO NEGRO; O Herói de "Mensagem a Garcia" e um livreto de poesias SAGA DA HUMANIDADE, todos já lidos por muitos "freqüentadores" do RECANTO DAS LETRAS.
O objetivo é desenvolver uma estratégia de marketing para escapar da alta roda dos intelectuais e atingir aqueles que mais precisam de leitura, o homem comum, do povo.