Dor em és
Silencioso igual vouvés.
Na madrugada, um arrepio.
Mas ao invés,
De aplacar meu frio
Descobriu meus pés.
Sem o seu convés
Sem o seu convés
Para aquecer minh'alma
E o meu ser carnal
Me senti través.
Sem intuir o revés
Imaginei que à palma
Trazia cafés
Não um toque mortal.
Eu que estava calma
Eu que estava calma
Me tornei em grés
Virei anormal.
Hoje eu vivo em lés
Hoje eu vivo em lés
E cheia de trauma
Do meu sonho mau
Só lembro através
Dessa fusão que amálgama
A lembrança que em vez
De morrer apenas
Vira imortal
Adriribeiro/@adri.poesias