Deus.
No Jardim de Éden, eu deixei a minha maçã. Sim, sim...aquela doce maçã.
A maçã da morte.
Ela desfruta o horror do mundo ,o horror do homem e o horror da alma. A alma se torturando lentamente entre os rios chorosos dos loucos suicidas. A alma morrendo lentamente cada dia, até chegar o juízo final.
O horripilante juízo final.
Fora do Éden, o juízo final esta instaurado.
As crianças vão morrer de fome, os homens vão transar com os cachorros, as mulheres vão parir as lombrigas. As tripas vai remoer o coração do vento e do mar.
Tudo isso pelo fato de que a maçã do Éden é maldita.
Mas a verdade é que essa maçã podre e suculenta, retrata o espelho humano. O espelho do homem, o espelho do tempo.
O olhar triste de Deus.
Deus agora esta morto. Deus agora esta morto.
Ele ficou aqui ...dançando com as cinzas do meu cigarro. Dançando com a minha danação divina. Chorando até a morrer de tristeza.
E a tristeza se tornou Deus.
E o nosso século se tornou o rosto da tristeza.