Canteiro

Bonecas desalmadas

Sem braço, sem pé

Nem cabeça

Bicicletas sem esperanças

Sozinhas, perdidas

Procurando suas rodas.

Entulhos que, talvez,

Foram em outra vida

Belas casas

O pão de cada dia

O pouco resto de comida

Servido aos ratos

Como é triste o canteiro,

Me dói no peito pensar

Que ali um dia já foi

Um belo jardim de rosas.

Diogo Carmona
Enviado por Diogo Carmona em 17/11/2020
Código do texto: T7113949
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