Caridade
Em uma lixeira está o escrito
Em uma lixeira está descrito
O destino de todo o trabalho
De um escritor parasitário
Mentiras são o véu da melhora
Que se tornam o motor da piora
Enganando o ingênuo polimorfo
Que se contorce por um osso
Um osso, nada mais
Que o clemente no bolso traz
Para acalentar o coração
De um pobre catrador no lixão
O qual ninguém olha ou percebe
Mas adora citar para a plebe
Há mais conteúdos na boca do que nos olhos do coração
Pois este não dá ascensão
E nessa eterna busca por reconhecimento pela instrumentalização do desconhecimento
Permanece faminto o escritor sedento