INQUIETUDES

Meu coração inquieto implora,

Bate forte, se acalma, chora,

Pelas situações de tristezas,

Que me abatem nesta Pandemia,

Tirando-me liberdade de sair.

Não vejo flores nem passarinhos,

Pelo isolamento forçado e triste,

Não podendo ver rostos queridos,

Nem presenças que me afagam,

Muito menos crianças que adoro.

Voluntário da Pastoral do Menor,

Onde vou contar historinhas,

Para crianças carentes que amo,

E isso entristece meu coração,

Ao saber que estão confinadas.

Muitas habitam míseros barracos,

Onde se amontoam 6 ou 8 pessoas,

E o risco de contaminação é grande,

Pois o vírus mortal pode ali chegar,

Se não houver cuidados necessários.

Anjinhos do Céu estão de guarda,

Protegendo criaturinhas especiais,

E os adolescentes são bem orientados,

Por atentas funcionárias da Pastoral,

Que se desdobram suprindo necessidades.

Mesmo assim estou muito inquieto,

Por saber que não terei seus sorrisos,

Quando lhes conto divertidas historinhas,

E as gargalhadas são as compensações,

Que preenchem as tristezas que sofro.

Jairo Valio - 02-11-2020