Brilhando e ardendo

Minha alma se encheu de flores nesta solidão sem volta, lágrimas por causas perdidas num mundo de pesadelos, baralhando o fado da vida!

Meu amigo, meu velho que partes nesta viagem em direção a casa, à luz, liberto das amarras da hipocrisia mundana despertando no tempo adormecido, que se perde no vento soprando à minha porta.

Agora a entrada do teu prédio é um palácio feito de girassóis com mil quartos por despertar e um jardim para amar com orvalhos pela manhã.

Mas....nem mil sois virão para apagar a dura e cruel visão que jamais deixarei de pensar e de sentir naquele chão frio, molhado pela chuva e áspero do sol que virá para te iluminar.

Pai... que ódio de sentir tanta malvadez!

As escadas estão partidas e não vou poder chegar a ti...

Helena Correia
Enviado por Helena Correia em 01/11/2020
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