MEU GRITO
Procuro alternâncias, vagas talvez,
Mas queria que não fossem dúbias,
Diante de todas minhas inquietudes,
Pois vejo situações que me apavoram,
Numa crise existencial apavorante.
Crianças que sofrem muitas agressões,
Dentro do lar onde buscam seus refúgios,
E no entanto encontram dissabores,
De pais que são tão impacientes,
Ou padrastos que cometem desatinos.
As mulheres são agredidas ou violadas,
Por homens que não tem sensibilidades,
E quando deveriam amar essas criaturas,
Que geram vidas e amamentam seus filhos,
Ignoram as virtudes abençoadas por Deus.
A natureza em transe sofre consequências,
Desmatamentos ilegais derrubam árvores,
Geradoras de vidas pois dão seus frutos,
Que animais e pássaros deles se alimentam,
E sombra generosa para atenuar os cansaços.
As queimadas dilaceram as matas tão bonitas,
Que nos dá a chuva para atenuar as secas,
Pois seu choro alimenta as nuvens tão dispersas,
E quando furiosas despencam em tempestades,
Que causam estragos e ceifam vidas preciosas.
Não se vê mais o lindo pôr do sol no horizonte,
Quando pincela as nuvens de cores extasiantes,
Anunciando a noite que vem calma e serena,
E a lua vai apontando devagar iluminando a noite,
Com as estrelas piscando num frenesi tão lindo.
Deveriam os homens atenuar seus desatinos,
Pois a geração futura sofrerá as consequências,
Filhos ou netos que sofrerão falta de comidas,
Que a terra árida não produz alimentos necessários,
E as ambições materiais nada vão acrescentar.
O amor então aos poucos vai desaparecendo,
Diante de tanta falta de carinho nos casais,
E os jovens que deveriam preparar os cenários,
Não se encantam com uma linda flor perfumada,
Nem demonstram carinhos quando provocados.
Jairo Valio - 28-10-2020