Perturbado
Adormeço em meus negros devaneios
Sonhos acalentados pela desesperança
Desejos funestos deformando minha alma
Derradeiros pensamentos obscuros
Uma vida que escoa pouco a pouco
Tragada pela escuridão que me aprisiona
Em horas frias e mortas de uma noite
Da qual jamais consegui me libertar
O silêncio inebria-me, a névoa me conforta
Minha alma permanece presa nesses confins
Eterno sofrimento, doce e sedutora agonia
Mórbido silêncio, perturbadora existência