Perturbado

Adormeço em meus negros devaneios

Sonhos acalentados pela desesperança

Desejos funestos deformando minha alma

Derradeiros pensamentos obscuros

Uma vida que escoa pouco a pouco

Tragada pela escuridão que me aprisiona

Em horas frias e mortas de uma noite

Da qual jamais consegui me libertar

O silêncio inebria-me, a névoa me conforta

Minha alma permanece presa nesses confins

Eterno sofrimento, doce e sedutora agonia

Mórbido silêncio, perturbadora existência

Cláudio Borba
Enviado por Cláudio Borba em 20/10/2020
Código do texto: T7092044
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