Dura realidade
Me sentei na soleira da porta
Na esperança de lembrar do passado
As imagens queridas que pudessem me confortar.
Mas não consegui esquecer o presente
E essas notícias tristes que a toda hora
Penetra minha mente só para me maltratar.
Queria recordar a fazenda
Onde eu ainda criança brincava
Vendo o tempo passar
Sem ter nada com que me preocupar.
O que vi foi a grande cidade
Com sua gente cheia de maldade
E num breve instante
Essa cruel realidade fez minhas lembranças arrebentar.
Como é difícil conciliar
O passado e o presente.
É melhor dormir e não sonhar
Pois até no sonho uma lembrança
Pode fugir, dar lugar a realidade.
Realidade que só faz acabar com a alegria da gente.