Eu choro
Eu choro pelo Estado
Eu choro por uma pátria armada
Eu choro pelas pedras construidas, destruidas
Eu choro pelos milhões de armas, num só corpo
Eu choro pelas flores brutadas no sangue de um suor
Eu choro pela feia pátria, dos que ousam matar
Eu choro pelo Moçambique, ooh minha terra sangrenta
Eu choro pela a tirana riqueza
Eu choro pelas mãos de sangues
Eu choro pelos compatriotas, matando compatriotas
Eu choro pelo o brilhar do sol
Eu choro pelas mémorias das almas perdidas
Eu choro pelas armas destruindo o novo dia
Eu choro pelo juramento incumprido
Oh Moçambique, eu choro pela unidade desunida
Eu choro pelos 45 anos da independência
Vivendo ainda na dependência
Eu imploro pelo Moçambique odioso
Eu clamo pelas terras abandonadas
Conscientemente pelo futuro incerto e obscuro
Eu choro pelas crianças abandonadas sem educação
Eu choro pela centralização do poder
Da democracia incompreendida
Dos refurpgiados de lado a lado
Pelas perseguições d'expressão
Por dirigência incompetente
Eu choro, choro e chorarei até que haja a paz, competências, democracia, etc.