Eu choro

Eu choro pelo Estado

Eu choro por uma pátria armada

Eu choro pelas pedras construidas, destruidas

Eu choro pelos milhões de armas, num só corpo

Eu choro pelas flores brutadas no sangue de um suor

Eu choro pela feia pátria, dos que ousam matar

Eu choro pelo Moçambique, ooh minha terra sangrenta

Eu choro pela a tirana riqueza

Eu choro pelas mãos de sangues

Eu choro pelos compatriotas, matando compatriotas

Eu choro pelo o brilhar do sol

Eu choro pelas mémorias das almas perdidas

Eu choro pelas armas destruindo o novo dia

Eu choro pelo juramento incumprido

Oh Moçambique, eu choro pela unidade desunida

Eu choro pelos 45 anos da independência

Vivendo ainda na dependência

Eu imploro pelo Moçambique odioso

Eu clamo pelas terras abandonadas

Conscientemente pelo futuro incerto e obscuro

Eu choro pelas crianças abandonadas sem educação

Eu choro pela centralização do poder

Da democracia incompreendida

Dos refurpgiados de lado a lado

Pelas perseguições d'expressão

Por dirigência incompetente

Eu choro, choro e chorarei até que haja a paz, competências, democracia, etc.

Bacacheza Arone
Enviado por Bacacheza Arone em 06/10/2020
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