BATIMENTO ABATIDO DO CORAÇÃO
BATIMENTO ABATIDO DO CORAÇÃO
Quando bate a leveza,
O chamado, que é uma certeza,
Talvez, com uma agulha,
Aquiete a melancolia.
Um caminho estranho,
Mal ouve o que sente,
Quando a visão cai,
Das cinzas do céu.
O frio, de um tempo de saudade,
Olha, para atravessar posições,
Que, em tudo, colorem passagens.
Passos impressos traçam,
O que fica nos sinais,
De uma pobreza avançada.
Ao notar o mínimo,
As crianças, sem dor,
Deixam-se ainda,
No bem que as define.
Depois dos sulcos variados,
O poder se ergue, já em pecado,
Para não sofrer, mas atormentar.
O que, enfim, se dá ao padecer,
Com uma infinita tristeza,
Turva e afunda,
A entrada, prisioneira,
Da naturalidade do coração.
Sofia Meireles.