Gritos

Por tanto sufoco, eu grito

Por tanto amor, eu grito

Eu grito por atos desumanos

Eu grito pela irmandade separada

Eu imploro pelo o egocentrismo

Por tanto chorar

Meu coração, angustiado de dor

Minhas lágrimas derramadas por ver

Por medo obedeceu sem saber

Esta obediência levou a morte

A morte sem remorso e nem piedade

Grávida! Ah ela estava, alegre

Mãe ! Ela seria, inocente

Sem noção pereceu

Sem destino certo, seguiu as vozes

Sem esperança, caminhou insegura

Sem escudo, caminhou indefesa

De costas dada, muitas balas alvejaram-te

Executada nua, chorou e implorou

De nuca caida, sem socorro

Nua! Ah ela estava

Sem roupas, seios fora

Sentindo na sua pele chacoteadas

Sexualmente abusada

Humanamente desrespeitada

De cabo a lado, o povo chora

Implora por ver suas terras destruidas

De lado a lado, ecolhido o rabo

Vendo o cabo del lado violentado

Grito pela inocência matada

Grito pelo bebé que nao viu o mundo

Grito pelo bebé, sexualmente desconhecida

Ai! Eu grito, eu grito e sempre gritaria

Bacacheza Arone
Enviado por Bacacheza Arone em 16/09/2020
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