Órfã de Amor

Não posso evitar a cada vez que me vejo

O quanto me sinto uma órfã de amor

Não sei o que acontece em meu peito

É como se ele insistisse na dor

Lembranças cruéis que vão me açoitando

Palavras frias que eliminam qualquer vestígio de calor

Ausência que dói e sufoca

Saudade que não quer ir embora

A solidão que sinto me preenche

Até o topo de mim

Entorpece, esbraveja, desmaia

E rasteja para o que seja o fim

Não acredito em palavras gentis

Não mais creio em carinhos espalhados

Tenha atitudes concretas e declare

Tudo que se passa nesse teu ser complicado

Cansada demais de suplicar carinho e atenção

Cansada de ser órfã de amor

Para que eu confie em uma faísca do que tu chamas de afeto

Prova-me que voltarei para desfrutá-lo junto a ti.

Ana Oliva
Enviado por Ana Oliva em 13/09/2020
Código do texto: T7062570
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