Meia noite

A madrugada afaga,

Palavras de torpor,

Quero ser minha casa,

Mesmo que em meu peito haja dor.

Eu não sei por onde ando,

Eu não sei como me encontrar,

Sou da noite um noctambulo,

Em busca de abrigo,

Em busca de um lar.

Sou um oceano não pacífico,

De confusão e erupção,

Não cairei no amor bandido,

Mas fui dopada por essa ilusão

Se eu puder mudar o passado,

Se eu pudesse encontrar vida,

Mas tudo me leva aí outro lado,

Aos cemitérios das feridas.

—Eu sempre estou na sombra das pessoas que amo.

Natália Reis de Assis
Enviado por Natália Reis de Assis em 11/09/2020
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