HABITÁCULO
Eu vejo a tempestade
Que cai dos teus olhos
E me sinto tão covarde
Sem quebrar o protocolo
O medo é um barreira
A distância não é obstáculo
O sangue que corre nas veias
Vai se transformando em coágulo
Inerte feito uma estátua
Frio como montanha de gelo
Tentando esconder uma mácula
Diante de um estilhaçado espelho
Só não estou imune ao veneno
Que agora eu lhe ofereço de brinde
Sua imagem é mais que um desenho
E meu coração não passa de um ringue
Logo que você vai ao chão
Eu que me vejo em pedaços
Sou uma antiga mina de carvão
Nossa história um breve prefácio
O que você arrancou do peito
Foi mesmo de cortar o coração
Enquanto eu distribuía folhetos
De como pedir algo em oração