Sobrevivendo...
Sobrevivendo…
Entre dores que a alma chora e
tempestades de sentimentos múltiplos entre avalanches destruindo certezas,
Sobrevivi!…
Ao desastre do meu corpo e da minh'alma e do meu próprio silêncio, onde muitas vezes foi inconstante entreguando-me nos braços da melancolia doentia,
Mas, sobrevivi!…
Afogando-me em rios salgados de lágrimas enquando sentia sensações que corruía a alma e me puxava cada vez mais para o abismo sem fim,
Mas, sobrevivi!…
Enquanto sangrava sentia e vivia as dores expostas, feridas incrivelmentes abertas, profundas e doloridas,
Mas sobrevivi a tudo: ao limite exposto, a tristeza berrante , ao colapso eminente, a solidão, a minha própria prisão e a mim mesma,
Pois o desalento me fez esquecer de tudo que acreditava e que gostava, inclusive o amor.
Mas, sobrevivi!...
Mônica Albuquerque
24/Agosto/2020