Vão em Vão
...
É um poema quase pronto
Esse que trago no peito
Fumaça vagueante no campo
Meio triste, mais para sem jeito.
Pena não poder esparramar no leito
A mágoa dura e tênue
Quase freio, mais relâmpago
Insistente e latente
Desse poema muito tonto
Com século de defeitos,
Em Raros segundos transparente.
Ah... esse poema que não nasce
E deforma a mente,
Desnuda o autor
Rendido pela dor
muda de não falar
Enquanto grita e grita
Enrubesce o pensamento
Nada muda, nada muda
Nesse mundo onde nada dizer
É o melhor argumento.