Não adianta fingir
Quando ela primeiro aparece,
Não lhe damos atenção.
Ela parece muito insignificante,
E pensamos que logo passará,
Como uma tempestade.
Porém, pouco a pouco,
Ela vai ganhando espaço e
Vai nos controlando de
Forma sutil mas persistente,
Mudando nosso humor,
Nossos pensamentos e
Como nos sentimos.
Devagar, vamos perdendo energia,
Sentimo-nos cansados, tudo
É tão sem sentido.
O sol, antes vivo e amarelo,
Tornou-se cinza e sem graça.
Você não sabe explicar
Que vazio está sentindo,
Como se um buraco enorme
Crescesse dentro de você,
Enchendo-o de tédio,
Um desânimo constante,
Que cresce sem parar.
Não adianta fingir
Que ela não está ali,
Ao seu lado, seguindo
Seus movimentos,
Violentando seus sentimentos.
Tome cuidado, ela
Pode matar, pois
É uma erva daninha,
Venenosa e pertinaz.
Ou você se cuida e
Luta contra ela, ou
Ela ganha força e
Lhe destrói devagar.
E fique bem atento,
Pois ela pode voltar.