O Desabafo Abstrato do meu Eu
Alguns momentos parecem nunca passar
A sensação de estar sozinho sempre que precisa de ajuda
O desespero de ninguém te entender
A solidão de estar em um local cheio de pessoas e ainda sim sozinho
O vazio de sentir que te falta algo em seu interior
A melancolia de escrever os mais belos poemas nos piores momentos
De mesmo em sua casa seus pais serem desconhecidos
Pois nem mesmo eles compreendem suas decisões ou seus desejos e medos
Tudo é apenas uma rotina mórbida que caminha para uma depressão vívida
Onde mesmo o seu melhor sorriso esconde dores e angustias
Depreciações de momentos passados ou presentes por atos sempre julgados
Jamais serei feliz chego a pensar
Tamanho é o peso em meus ombros de atlas
Onde ando a passos tão lentos com os grilhões da sociedade
Com as algemas das obrigações familiares limitando e julgando meu ser
Que chego a pensar se estou mesmo a viver
Ou apenas descrevendo o meu sofrer
Pensando se existe destino ou se a ilusão do livre arbítrio faz sentido
Já que tudo que faço é de certo modo gerado pelo sentido da casualidade
Da necessidade
Onde isso é para justificar aquilo
Ou aquilo é o motivo disto
Que nada mais é do que consequência disso
E a saída final desse círculo não existindo
Apenas causa e efeito criando corredores sem fim
Tão bem feitos que a saída é apenas um sonho pregado por um ser superior em um horizonte muito longe dali...
Como é difícil continuar enfim.