Página
A trança do sorriso
nas linhas que a boca esconde,
foge da noite, esconde da chuva,
da gota escorrega e fica na boca,
da luz da lua que reflete a prata
marcada no dente.
Cai mais uma estrela,
mergulha mais uma lágrima na boca,
no lábio que não sorri.
Foi a modesta melodia
que palpita,
reflete na morada
por onde ela habita,
que soam cânticos,
nênias que falam de um sorriso
na boca antes do beijo,
depois de um só desejo
perambular ao lado dela.
No vazio pergunta por quê?
Feito de purpurina,
o amor tem seu tempo.
Feito de avelãs,
a saudade tem sua hora, sua noite.
Só que tudo não escolhe tempo nem hora.
Recebo cada parte dividida.
As metades soltas pelo espaço
onde não há mais sorriso,
nem olhos para chorar,
nem beijo sem amargo.
Aqui é o fundo do poço,
fim da linha,
início da poesia vazia,
sem nexo, sem jeito de ser,
até mesmo uma página preenchida,
apenas por preencher.
A trança do sorriso
nas linhas que a boca esconde,
foge da noite, esconde da chuva,
da gota escorrega e fica na boca,
da luz da lua que reflete a prata
marcada no dente.
Cai mais uma estrela,
mergulha mais uma lágrima na boca,
no lábio que não sorri.
Foi a modesta melodia
que palpita,
reflete na morada
por onde ela habita,
que soam cânticos,
nênias que falam de um sorriso
na boca antes do beijo,
depois de um só desejo
perambular ao lado dela.
No vazio pergunta por quê?
Feito de purpurina,
o amor tem seu tempo.
Feito de avelãs,
a saudade tem sua hora, sua noite.
Só que tudo não escolhe tempo nem hora.
Recebo cada parte dividida.
As metades soltas pelo espaço
onde não há mais sorriso,
nem olhos para chorar,
nem beijo sem amargo.
Aqui é o fundo do poço,
fim da linha,
início da poesia vazia,
sem nexo, sem jeito de ser,
até mesmo uma página preenchida,
apenas por preencher.