Calendário
A luz se apaga, o tempo,
o tempo se extingue na penumbra,
na hora que fez, em dia, em meses,
no ano que a vida leva,
na vida que leva o homem.
O homem se abate pelo tempo,
tempo que rebate o momento,
que sopra a vida.
A vela branca que navega,
a vela que se apaga como tantas.
E tantas foram as horas, os dias,
pelos anos vencidos,
e quase impuros esquecidos.
Queimei os momentos pelo fogo,
o doce, mas cruel jogo,
na pura e simples arte de viver.
Mas enquanto não chega a vinda,
a ida sem volta, sem chegar,
deslizo pelos trechos das folhas
marcando tudo que ficou marcado.
Muitos erros pelas ilusões, pelo pecado.
Combate sem lutas,
espúrio acordar na incúria.
Quando se é tarde, faz-se o cedo,
delega a coragem ao medo,
a vida, a morte, atraiçoando o destino,
fazendo do espírito, jovem e menino.
Ah, mas a luz se apaga, o tempo faz a hora
e as palavras, não passam de palavras.
Você, cabelos soltos, vindo, indo
enquanto estou pronto, farto.
Vontade de ir para não voltar.
A luz se apaga, o tempo,
o tempo se extingue na penumbra,
na hora que fez, em dia, em meses,
no ano que a vida leva,
na vida que leva o homem.
O homem se abate pelo tempo,
tempo que rebate o momento,
que sopra a vida.
A vela branca que navega,
a vela que se apaga como tantas.
E tantas foram as horas, os dias,
pelos anos vencidos,
e quase impuros esquecidos.
Queimei os momentos pelo fogo,
o doce, mas cruel jogo,
na pura e simples arte de viver.
Mas enquanto não chega a vinda,
a ida sem volta, sem chegar,
deslizo pelos trechos das folhas
marcando tudo que ficou marcado.
Muitos erros pelas ilusões, pelo pecado.
Combate sem lutas,
espúrio acordar na incúria.
Quando se é tarde, faz-se o cedo,
delega a coragem ao medo,
a vida, a morte, atraiçoando o destino,
fazendo do espírito, jovem e menino.
Ah, mas a luz se apaga, o tempo faz a hora
e as palavras, não passam de palavras.
Você, cabelos soltos, vindo, indo
enquanto estou pronto, farto.
Vontade de ir para não voltar.