Cilene


Eu queria afogar minha tristeza,
Esta dor que trago comigo,
Em alguém que entendesse meus versos;
Assim como você.
Mas que não fosse como eu...
Com olhar perdido e triste;
Procurando no infinito o que não existe,
Uma alma que fosse a réplica do que almejas.
Cilene, tão criança...
De olhos pretos e profundos;
E onde hei de encontra-los,
Para que preencham os segundos
Desta existência vazia?
Cilene, de alma refulgente;
Voz meiga, tão menina,
Chega a ser quase indefinida,
E onde hei de encontra-la?
Em meio a tanta gente,
Que passa sorri, sem nota-la;
Eu hei de achar você,
Farei com que você sorria sem lágrimas.
Afogarei minhas dores em seu sorriso,
Gravarei sua imagem em minha retina.
Serei feliz, serei seu poeta favorito.
E você será minha musa pequenina.