Eleva-me ao andar da esperança.

Eleva-me ao andar da esperança.

Deparo-me com os elevadores,

Antes inacessíveis.

Havia em mim um sentimento de saudades daqueles botões,

Lugar proibido que agora se abre , trazendo alegria ao meu coração.

Tempo distante, tantos e tantos meses.

Nas mesas marcas da ausência,

Que agora receberão novamente a atenção.

Planilhas e contratos em gavetas arrumados,

Por mãos manipuladas,

Mas que não os terão mais.

O tempo está ali, em objetos e fotos,

Calendário desmarcado, sem compromissos assinalados,

Como se não tivessem passado,

Como se aquele ambiente tenha se ausentado,

Mas retornara - quisera tudo voltasse atrás-.

Tantas mudanças, mas novamente há esperança entre nós,

Mesmo que as contas não batam,

Queremos que a vida retome o seu vigor,

Sob cada pedra colocada,

Haverá sempre um novo amanhecer,

Esperança de uma sociedade assolada,

Ainda tomada pela dor.

Sérgio Ricardo de Carvalho
Enviado por Sérgio Ricardo de Carvalho em 11/07/2020
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