Eleva-me ao andar da esperança.
Eleva-me ao andar da esperança.
Deparo-me com os elevadores,
Antes inacessíveis.
Havia em mim um sentimento de saudades daqueles botões,
Lugar proibido que agora se abre , trazendo alegria ao meu coração.
Tempo distante, tantos e tantos meses.
Nas mesas marcas da ausência,
Que agora receberão novamente a atenção.
Planilhas e contratos em gavetas arrumados,
Por mãos manipuladas,
Mas que não os terão mais.
O tempo está ali, em objetos e fotos,
Calendário desmarcado, sem compromissos assinalados,
Como se não tivessem passado,
Como se aquele ambiente tenha se ausentado,
Mas retornara - quisera tudo voltasse atrás-.
Tantas mudanças, mas novamente há esperança entre nós,
Mesmo que as contas não batam,
Queremos que a vida retome o seu vigor,
Sob cada pedra colocada,
Haverá sempre um novo amanhecer,
Esperança de uma sociedade assolada,
Ainda tomada pela dor.