Esqueça


Como um sussurro longínquo recairá,
Sob o céu encoberto por nuvem espessa;
Toda melancolia sentida por mim,
Estampada no amargor da palavra esqueça.


Me sentirei como dentro das trevas,
Na louca solidão que fará com que eu padeça.
Por triste ironia da vida sentirei,
O tétrico sabor da palavra: esqueça.


Mágoas, dores, por quê? Por quê?
Deixar que um puro sentimento feneça?
Será covardia não enfrentar a vida?
Deixar que vença a palavra esqueça?


Não é covardia, e renuncia a sua alma virtuosa,
Ao puro amor, que talvez eu não mereça.
É a sublime renúncia espiritual,
Onde nunca existirá a palavra, esqueça.