MEIO COM MEDO

Percebo com muita tristeza,

Meu peito quase sempre apertado:

Pelas fráguas da desilusão

Que a mais linda flor pode causar;

Ainda que de linda cor, muito fina

E delicada, seu espinho provoca a dor,

De forma aliciante e embuçada.

Estou quase sempre triste, inseguro

E preso, vivendo como se num escuro.

Há um fantasma em minha vida

que não me deixa um só segundo...

fantasma que grita de forma aloprada e alta

me deixando em cima do muro!

Vale a pena entregar-se de

Forma tão intensa ao amor:

Sob a dor de pedras jogadas?

Pedras que furam e que a alma

Machucam e colocam em dúvida

O mais lindo conto de fadas?

Vivo com medo, inseguro e triste;

De perder a flor que reside no

aparador do meu jardim!

Dizem os poetas, o amor, ser a

mais pura e perene felicidade!

Onde estar a minha, se sou feliz pela metade;

Se a flor da estancia do meu jardim,

Pode ser arrancada de mim,

apenas, por pura maldade?

Vivo com medo inseguro e sem coragem;

De entregar a ela o meu amor e meus cuidados,

E perde-la para uma simples voragem.

Vivo com medo, inseguro e triste assim!

Então! Como faço pra manter a flor mais bela,

linda e desejada, no centro do meu jardim?

A tristeza tem sido companheira de muita gente, alguns, com algumas poucas nuances dela; outros vivem nela mergulhados que já nem se dão conta do mundo tácito em que vivem. São catatônicos, e como zumbis perambulam pelas ruas da cidade. Há uma música de Joana, que estou ouvindo agora, em que ela diz: “Eu ando meio com medo que um dia ainda ache a tristeza normal”. É disso que estou falando! Abraços a todos que compartilharem e curtirem.