No espelho de sua íris
veja minha pobre figura
a expressar com o rosto
a dor pungente...
E, as palavras se atiravam
do abismo do egoísmo
e caiam em suas lágrimas
Morriam aos poucos
úmidas e resignadas.
Pois eu sentia em você
a importância que não tinha.
Em cárcere afetivo
grilhões de amores silenciosos
e cúmplices
amarravam na toxicidade
de sua alma..
E, no espelho de seus olhos
eu não me reconhecia...
Pois eu era idealizada
e não concreta.
Feita de pecados e falhas
banais, burlescas e
pueris.