No espelho de sua íris
veja minha pobre figura
a expressar com o rosto
a dor pungente...

E, as palavras se atiravam
do abismo do egoísmo
e caiam em suas lágrimas


Morriam aos poucos
úmidas e resignadas.
Pois eu sentia em você
a importância que não tinha.

Em cárcere afetivo
grilhões de amores silenciosos
e cúmplices
amarravam na toxicidade
de sua alma..

E, no espelho de seus olhos
eu não me reconhecia...
Pois eu era idealizada
e não concreta.

Feita de pecados e falhas
banais, burlescas e 
pueris.
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 18/06/2020
Código do texto: T6980535
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