CONSOLANDO
Não vi. Apenas imaginei!
E assim nasceu mais uma poesia.
Era uma linda moça!
Chorosa, “destroça”
Sofrida e desiludida.
Chorava, soluçava
E dizia:
Não dá mais!
Acabou...
Caiu uma gota,
Um pingo.
Ungindo,
Aquele rosto
Angelical.
Em silêncio
Eu a abracei
E ela soluçando,
Apenas falou:
É o fim!
Então, eu a disse:
Não Chore!
Isso não é amor,
É dor!
Guarde essas gotas...
Amanhã, elas cairão,
Emocionadas,
Por um amor verdadeiro.
Ela pensou!
Acalmou-se,
Olhou pra mim,
Esboçou um sorriso
E disse: obrigada!
E seguiu o seu caminho.
Ênio Azevedo