LÁGRIMAS NEGRAS


Eu vi uma lágrima negra derramada
Em algum canto, eu vi
No escuro, no beco, no antro
Eu vi o pranto, a dor da perda
Na face negra, untada de cinzas e água salgada,
Vi, quando ninguém viu
Quando Ninguém quis ver,
Lágrimas negras estão sempre
Caidas em bretes, em poças, em barro.
Ou estão sob o asfalto presas entre jornais e notícias , ou a jorrar sobre covas razas
Eu vi
Eu as vejo agora, aqui quieto
Elas me olham desiludidas
Me molham.
Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 10/06/2020
Código do texto: T6973585
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