LÁGRIMAS NEGRAS
Eu vi uma lágrima negra derramada
Em algum canto, eu vi
No escuro, no beco, no antro
Eu vi o pranto, a dor da perda
Na face negra, untada de cinzas e água salgada,
Vi, quando ninguém viu
Quando Ninguém quis ver,
Lágrimas negras estão sempre
Caidas em bretes, em poças, em barro.
Ou estão sob o asfalto presas entre jornais e notícias , ou a jorrar sobre covas razas
Eu vi
Eu as vejo agora, aqui quieto
Elas me olham desiludidas
Me molham.
Eu vi uma lágrima negra derramada
Em algum canto, eu vi
No escuro, no beco, no antro
Eu vi o pranto, a dor da perda
Na face negra, untada de cinzas e água salgada,
Vi, quando ninguém viu
Quando Ninguém quis ver,
Lágrimas negras estão sempre
Caidas em bretes, em poças, em barro.
Ou estão sob o asfalto presas entre jornais e notícias , ou a jorrar sobre covas razas
Eu vi
Eu as vejo agora, aqui quieto
Elas me olham desiludidas
Me molham.