Província





Não feche os olhos ao meu silêncio,
escutas o ruído da minha solidão,
ela te chama pelos arredores da saudade.
Venha cumprir teu dileto prescrito,
saudar este amor que arrebata,
que fustiga teu interior provinciano,
fazendo do meu, em lágrimas, um oceano
de borrascas e intempéries.
Nunca te cales ao meu grito
que ressoa pela madrugada,
cavalgando a brisa leve,
penetrando em tempo breve
na província tão amada.
Não te tranques em desalento,
escutas minha voz através do vento,
minha sonata pedindo que retornes.
Faças então o caminho de volta,
e me encontrarás entre os tantos poemas feitos,
aguardando teus olhos, para sugar de cada um,
toda dor que tua ausência me fez.