Banhos de sol.
Acorrentado ao meu silêncio
Arredia-me os pensamentos ante os discursos hoje entrincheirantes, inflamados, carregados de palavrões, arrogâncias e vaidades expostas, virulência nos gestos, outros servis calados sendo depravados em público, sem nenhum ais.
Diante de uma fuga impossível
Fico a sós, comendo os milhos transgênicos, dos sabugais.
Pátria amada!
Foste varonil, como eu, enquanto éramos jovens.
Hoje, envelhecidos e pobres
Arrebata-me a nostalgia dos nossos tempos idos.
Hoje retiraram o teu manto sagrado.
O usam para limpar o que escorre dos seus lábios impuros.
Idolatram outros mantos, escravos que são dos senhores feudais.
Acreditam num Deus das Guerras, mais ainda nos bacamarters.
Um solo estéril de agrotóxicos vai nos cercando .
Uma Amazonia por dia vai caindo a cada pé.
Ouro, prata esvaindo-se, carregados voos ares afora
E o petróleo sangrando os nossos mares praias adentro..
O nosso ferro vira lodo, partindo navios afora.
A cultura pisoteada, esquecida, maltrapilha das esquinas
E a nossa educação esfacelada para vexatória escravidão
Dos nossos filhos.
A nossa fibra escasseia-se dia-a-dia.
Assombreada pelas covas, virando uma estrada sinuosa.
Um mar de plástico nos cercando.
As algas povoando os mares
e os ratos, eleitos canibais, comendo partes de si.
Sobrará, talvez, a areia malcheirosa para os nossos banhos de sais.
Acorrentado ao meu silêncio
Arredia-me os pensamentos ante os discursos hoje entrincheirantes, inflamados, carregados de palavrões, arrogâncias e vaidades expostas, virulência nos gestos, outros servis calados sendo depravados em público, sem nenhum ais.
Diante de uma fuga impossível
Fico a sós, comendo os milhos transgênicos, dos sabugais.
Pátria amada!
Foste varonil, como eu, enquanto éramos jovens.
Hoje, envelhecidos e pobres
Arrebata-me a nostalgia dos nossos tempos idos.
Hoje retiraram o teu manto sagrado.
O usam para limpar o que escorre dos seus lábios impuros.
Idolatram outros mantos, escravos que são dos senhores feudais.
Acreditam num Deus das Guerras, mais ainda nos bacamarters.
Um solo estéril de agrotóxicos vai nos cercando .
Uma Amazonia por dia vai caindo a cada pé.
Ouro, prata esvaindo-se, carregados voos ares afora
E o petróleo sangrando os nossos mares praias adentro..
O nosso ferro vira lodo, partindo navios afora.
A cultura pisoteada, esquecida, maltrapilha das esquinas
E a nossa educação esfacelada para vexatória escravidão
Dos nossos filhos.
A nossa fibra escasseia-se dia-a-dia.
Assombreada pelas covas, virando uma estrada sinuosa.
Um mar de plástico nos cercando.
As algas povoando os mares
e os ratos, eleitos canibais, comendo partes de si.
Sobrará, talvez, a areia malcheirosa para os nossos banhos de sais.