DOR IMPOSTA

A dor que acomete-me a alma, é porque te amo.

Ocupando em do peito, o lugar do meu coração.

Toma-me a parte pelo todo e me causa dano.

Ao deixar-me sem alternativa a lutar por ti.

Como ser feliz, e viver nesse ledo engano;

Se a vida perdeu o sentido, se não posso te sentir?

Como viverei sem tocar os teus lábios,

Beijar-te os olhos, como sempre fazia?

Perder-me em teu sexo e morrer adormecido,

Vendo-a deitada de costas depois de fazermos amor.

Cansada em meus braços, adormecida,

Teu corpo lascivo faz meus olhos gritarem,

como uma fera e suavidade, de uma flor.

Procelas lembranças de momentos vividos.

Que se fora para sempre pra não mais voltar.

Contigo ficará meus melhores momentos.

De quando teus lábios ardentes, o meu corpo a beijar.

Nunca apagarei de minha mente tua ambiciosa promessa,

De quando a sós, em nossas conversas...

A presteza de tua boca, poder revelar.

Como tirar o espelho que há no teto de minha alma

Com concisão de artífice a desenhar o teu corpo nu.

Arrancar de minha pele o cheiro de tua boca,

Que nas horas mais quentes e loucas, a me sufocar?

Há em mim incontidos desejos por tua presença.

E o amor sobre-excitado sinto agora, me causar dor.

Não é o meu querer, é minha penitencia.

Em manter dentro de mim, esse tipo de amor.