Meu pedaço de vida.
Quanta dor nesse sorriso vazio...
Que rir e não acha graça, que disfarça afastando a dor.
Quanta dor neste coração
sombrio ...
Quanta saudade doeu neste peito, quantas lembranças que deveriam ter morrido, mas elas eram tão vivas na tua memória, e delas alimentava os teus dias sem cor, sem sabor de vida.
Quanta falta daquele olhar por de trás da janela de vidros...
Daquele sorriso aberto, tímido.
Quanta decepção com os “espíritos”, os santos as santas, que calvário tinham feito no teu caminho. E Deus aonde ficou guardado quando morreu teu filho ?!
Quanta dor, quanta lágrima sufocada trancada que levou contigo .
Não houve uma flor que tivesse cor para nascer um sorriso!
Um sorriso vivo, com gosto de vida cheio de brisa ...
Teu olhar não brilhava.
Quanta dor !
Quanto amor, quanta saudade, agarrada a decepção que correu e cortou dia após dia, sem misericórdia de ti.
Eu fiquei te agarrando , te ajudando mas não era por mim que tinhas tanto amor, nem a mim que tinhas perdido.
Não pude fazer nada, nada, chorei pela mesma dor quando tu choravas.
Sempre tentei fazer-te sorrir com colorido, mas era impossível já que teu peito sangrava sem que ninguém visse. E tu? Tu disfarçavas num sorriso.
A mente atordoada e a alma afastada dos “Santos”, de Deus ...
Nossa senhora tu esqueceu ... Quanta dor!
E o que me consola quando fostes embora, não foi nada, só saber que descansarias teu corpo, tua alma, pedaço de vida.
Dindinha – Abril/2020 Minha madrinha