Um cão covarde sentimental
Acomodo-me sob uma poltrona
As cortinas escondem a janela
Uma lua imaginária paira sob a cabeça
E eu navego na música solitária
Goles de vinho dolorido perfuram a garganta
A monotonia pousa a mão sob o meu ombro
E eu já entrego os pontos
Sim, um cão covarde sentimental
Deixei minha espada e dei bandeira
No assunto do coração eu fraquejo
Mas assumo o que sinto
E é por isso que me acabo nessa tarde
Todos os dias como um vício
A guerra está lá fora
E eu já fui assassinada...
...vou enterrar os meus idílios