Para meu novo amigo, com carinho.

E assim que o tempo passa

Passa não; tempo alongou-se

De mesmo tempo

É de dor, solidão.

Castigo firme em nós

Que o limite da natureza impõe

Sapiens, abutres, algozes

Fim nos sepulcros dos egos ignóbeis

Que o ar nos falte!

Nesse onírico pesadelo sem presente.

Leva-nos ínfimo amigo

Pois somos idiotas negadores do bom senso;

Capachos, obscurantistas, sim somos!

Que a casa comum fique límpida novamente!

E aos que sobrarem um aviso:

Somos partes e não senhores

Desse novo mundo.

Rio, Quarentena, 22 de abril, 2020.

gbbenfica
Enviado por gbbenfica em 12/05/2020
Reeditado em 12/05/2020
Código do texto: T6945420
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