Para meu novo amigo, com carinho.
E assim que o tempo passa
Passa não; tempo alongou-se
De mesmo tempo
É de dor, solidão.
Castigo firme em nós
Que o limite da natureza impõe
Sapiens, abutres, algozes
Fim nos sepulcros dos egos ignóbeis
Que o ar nos falte!
Nesse onírico pesadelo sem presente.
Leva-nos ínfimo amigo
Pois somos idiotas negadores do bom senso;
Capachos, obscurantistas, sim somos!
Que a casa comum fique límpida novamente!
E aos que sobrarem um aviso:
Somos partes e não senhores
Desse novo mundo.
Rio, Quarentena, 22 de abril, 2020.