Uma mão, uma voz
No esconderijo
debaixo da mão do diabo
dividindo meus medos e o caos
que habitava em mim com seus demônios.
Uma voz,
uma linda voz, sussurrava em meus ouvidos
Lilith era ela.
protegia meu abismo como protegia
seus lindos filhos tinhosos.
Sentia sua mão cada vez mais pesada
sua linda voz cada vez mais alta.
Cortava-me, não me sentia.
Temia a vida, o voar da alma.
No escuro do meu quarto.
Na angustia da minha mediocridade.
Sangrava por dentro é por fora.
Apenas eu,
uma pobre garota,
com dois lindos diabos,
mamãe Lilith e papai Satã
levavam-me mais fundo
a desgraça de minha existência
sucumbindo ao desespero
da minha insolência.