"TURBULÊNCIA"
À luz da esperança, vivemos...
“Raios” de luz entre as frestas das janelas,
Nosso mundo, belas paisagens, “aquarelas”,
Dias tranquilos, queremos...
Ao desespero de alguém, nos condoemos,
Pelos nossos... Antecipado, sofremos,
Com o “mundo” choramos,
E aos poucos morremos.
Vivemos um “dilúvio”, secos.
Na fé sejamos extrínsecos
Reanimando-os em vossos tropeços.
Tal e qual pacientes indefesos,
“Morre’ estafado, o sistema de saúde,
Que amiúde, mostra-nos sinal de fracasso.
Porque carrega no braço
Excedidos “pesos”.
Sofrer é ver o desespero de um pai
Que chora, ajoelha e cai,
Com o seu filho nos braços
Aparentando os traços
De quem vai morrer
Por falta de leito e respiradores
Ou médicos para lhe socorrer.
Que Deus ouça as orações de um povo
E venha em nosso socorro
E essa agonia findar,
E que possa, enfim, respirar,
A vida lá em cima do morro.
Ênio Azevedo