Ajoelhado
Tão materna,
Me gerou entre suas pernas…
Por exato um mês.
Fez-se então uma baderna,
Agora sem lanterna…
Não acharei o lugar dos reis.
Sem coração na caixa torácica,
Sem cena clássica…
Do beijo de adeus.
Uma pá de cal por cima,
De forma repentina…
A poesia morreu.
O "não" que gela a orelha,
Tem a atmosfera da sala vermelha…
É da cor daquele batom.
Pode franzir as sobrancelhas,
Não há chance, não ajoelha...
Aqueles dedos continuam sem som.