AMAR, MENTIRA

Com quantas contas se mede um sentimento?

E quantos palmos tem o sofrimento?

Arguirás de perto minha derrocada?

Em sã consciência não verás a minha sina promulgada

Já se fez juiz o algoz de toda minha existência!

Me julga minha própria consciência abrupta...

Na luta incessante da sobrevivência mórbida.

Me condena à morte...

Sórdida acusação de amar inconscientemente...

Na mente, vaga à procura de uma razão concreta

Mas na insólita aderência de uma sentença cética

Não há razões para viver, morrer, amar ou desistir...

Só há a crua certeza de que existir

Não vale a pena, sem amar

Não paga a conta, sem pesar

Não mede a métrica de ser...

Viver, amar, incessantemente se doar

Sem causa, sem razão, sem ter com quem contar...

Viver é ilusão...

Mentira é amar sem ter uma paixão!

Eder Mag
Enviado por Eder Mag em 07/05/2020
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