O poeta e o monstro
Ó ave descuidada,
sem o amor das asas
e o sumo da liberdade
e o pó da estrada!
Vácuo imundo o és
e invade-me a minha poesia
e rouba-me os poemas,
então morre, sai de cena,
ajunta-te à maldade de tua língua,
corta-te as asas,
desalma-te e foge
porque és o pior dos alforjes,
aquele que lesa o dono
ao transportar a dor de um homem.