Réu


Da vida clara de hoje,
o momento indefinido do tempo,
sem embalo no berço da esperança,
treme o senso interno do medo.
E ao trinado final das lutas,
repousado em silêncio refúgio,
balsâmico trecho em tópicos feitos
aos olhos dançantes nas festas de ontem.
Os risos se fazem em tempo,
o tempo em desfile se perde
e sem obstruir a caminhada,
o seguinte passo ao nada,
o balanço contínuo se vai.
Pelo último fiapo de luz,
ao suspiro extinto,
gritarei pelas cores da minha bandeira,
cedidas ao riso do tempo
em desfiles que se perdem.