Incógnita
Incógnitas
Repetidas vezes as lágrimas rolavam
Elas sempre incomodavam
Elas falavam.
A face úmida, triste e sem cor
Traçava a cara da dor
Com ardor.
Seria uma desilusão infeliz
Em cada gota quis
Mostrar-se juiz.
Julgava sem paixão nem piedade
Tua própria infelicidade
Chorava era de saudade.
Rosto quase todo marcado
De um amor do passado
Que nunca havia encontrado.
A incógnita rasgava o tempo presente
Nem mesmo o amor ausente
Aliviava a dor que sente
Palavras ditas pelas lágrimas sentidas
Que desciam destemidas
Gritando roucas e gemidas.