A sombra da noite
O vento varrendo as folhas secas, que pousavam nos seus cabelos
Como os passarinhos nos galhos do trapiá
Seu olhar perdido, fisgado pelo espelho
Das águas do rio, calmas a passar
À tarde findando, despedia-se do dia
Cobrindo seu rosto, que uma lágrima escondia
A sombra da noite trazendo nostalgia
Esboça um sorriso com melancolia
De repente, sentindo frio
Que o vento da noite soprava a cantar
A menina se foi, sem despedida
Sabendo que o rio também partiu pro mar
Meu coração também estava amargurado
Ao ver a tristeza daquele lugar
Desolado, perdido a esperar
Que amanhã tudo possa mudar
Só tinha alegria no canto dos pássaros
Que pousavam contentes pra repousar
No aconchego do ninho ou mesmo nos galhos
Esperando a lua voltar a brilhar