Rua da Prata
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Esta cidade que eu amo, que ainda há poucas semanas era considerada o melhor destino turístico da Europa, onde havia mais turistas que nacionais na via pública, hoje tem as ruas tristemente desertas. É  com grande amargura que o constato. E aflige-me o que se vai seguir à pandemia, o desastre económico.


 




LISBOA


LISBOA ESTÁ DESERTA,
SEM TURISTAS, CINEMAS, RESTAURANTES,
SEM DIVERSÃO NAS PRAÇAS 
OS POMBOS ESVOAÇAM SEM ALEGRIA
NÃO HÁ ROMANCE, FLORES OU DOÇURA
O TEJO CONTINUA MANSO, COM GAIVOTAS
BARCOS ACOSTADOS, SEM GENTE
OUTROS TRANSPORTES VAZIOS,
LEVAM O MEDO DO CONTÁGIO, DA MORTE
A POESIA DE PESSOA ESTÁ LÁ
MAS SEM A BICA DO CHIADO
É O FADO DESTE POVO
TRISTE, QUE AFAGA A MÁGOA
ESPERANDO POR UM FINAL ACEITE
QUE PERMITA O SOL BRILHAR DE NOVO






DULCE PONTES - LÁGRIMA





 
Recebi da excelsa poetisa  Lucia Moraës  esta gentil interação, plena de criatividade e elevado lirismo. Agradeço o seu amigo gesto, presenteando-me desta forma.
Visitem a extraordinária escrivaninha desta inspirada autora.




O sol haverá de brilhar, querido amigo, chegará a bonança!
Enquanto ele não brilha acendamos a chama da esperança
Todos juntos, homens, mulheres, jovens, idosos e crianças
Não nos abatamos, sejamos fortes, tenhamos confiança!

Estamos todos no mesmo barco, o mundo carece de prece
Sejamos girassóis, à espera da luz do sol, isso nos enobrece
A revolta cega nossos olhos e, nessa hora, não nos fortalece
Somos pequenos perante Àquele que tudo sabe e conhece

Façamos a nossa parte, cada qual de forma consciente
Isso irá passar e tudo voltará ao normal, sejamos pacientes
Sofreremos economicamente, é fato, lamentavelmente
Mas esse é só mais um desafio e somos fortes, resilientes!





Recebi da excelsa poetisa   Cristina Gaspar   esta gentil interação, plena de criatividade e elevado lirismo. Agradeço o seu amigo gesto, presenteando-me desta forma.
Visitem a extraordinária escrivaninha desta inspirada autora.




A Lisboa tão cantada
Decerto renascerá
Com toda pujança encantada
Seu fado não perecerá

A força de seu imenso mar
A garra do povo aguerrido
Sabores pra se admirar
Ô Portugal tão querido!

Um hecatombe o estremece
Causa medo e esvazia a cidade
O povo se guarda, a saúde enaltece

Calma é preciso, sobreviver é preciso
A Terra será dos mansos e fervorosos
A dor existe, som de ai, com tom conciso







 
Ferreira Estêvão
Enviado por Ferreira Estêvão em 24/03/2020
Reeditado em 05/04/2020
Código do texto: T6896015
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