"Frente,"
"Com estas flores pensava, doce donzela , adornar teu leito nupcial e não espalhá-las sobre tua sepultura."
(Hamlet) Cena I, Ato V
Qualquer inércia
Obra caída ao tempo que te instaura
A hora de perder o que te impede, e
Lá fora..
Lá fora, onde o campo dos dois dias encerraram-se
E não é mais porto.
A rima não é fome, só devora.
Cada parte da certeza repetida.
...
a desordem por catálogo do caos preventivo
a oratória de um anexo, portanto, singular
a meia-verdade deitada, conforme arbítrio
ei-la, vontade complacente! hábito de provocar
o aparente sonho lívido em vã circunstância
a preparação amontoada de cores e vozes
ei-la.. a proteção da métrica sutil se levanta!
e, pé-ante-pé.. por inferno versado, te devolve.
vai.. caminha pelo fogo das mesmas iguarias
na mentira de um corpo rarefeito, decomposição
alinha-te à primeira cena dos caídos à revelia
vai.. exaspere toda a luta que te nega, invulgar
imponha os desígnios de uma só visão e danação
é o tempo frio que chega pra te cobrar o lugar,
é a tua marca dos sonhos, por mim, preparados.
(e a minha única queda dos seus lados e nãos)